O zika pode se reproduzir na
vagina durante vários dias após a infecção, afirmaram na quinta-feira pesquisadores americanos que estudaram a transmissão sexual do vírus em ratos
de laboratório
O zika pode se reproduzir na
vagina durante vários dias após a infecção, afirmaram na quinta-feira
pesquisadores americanos que estudaram a transmissão sexual do vírus em ratos
de laboratório.
A reprodução do zika através
do trato vaginal pode ser uma fonte potente de infecção "com consequências
potencialmente desastrosas", ressaltou o estudo realizado pela
Universidade de Yale e publicado na revista científica Cell.
Ratas grávidas foram
infectadas por via vaginal com o zika, que se espalhou dos genitais para o
cérebro do feto.
"Vimos uma replicação
significativa do vírus no tecido genital, em quatro a cinco dias", disse
Akiko Iwasaki, professora de Imunobiologia e pesquisadora do Howard Hughes
Medical Institute.
Quando os ratos foram
infectados no início da gravidez, os cientistas encontraram evidências de vírus
zika no cérebro fetal. Estas infecções foram associados a uma perda de peso do feto.
"No início da gravidez,
se a mãe estiver infectada, há um impacto significativo no feto, mesmo em ratos
do tipo selvagem", disse a pesquisadora.
Embora as conclusões de
estudos com ratos muitas vezes não se apliquem diretamente aos seres humanos, Iwasaki
disse que as descobertas lançam uma nova luz sobre a questão.
"A descoberta pode ser
importante para as mulheres, não só para as mulheres grávidas", disse.
"A vagina é um local onde o vírus pode se replicar e, eventualmente, ser
transmitido para parceiros".
"Em mulheres grávidas,
a transmissão vaginal do vírus zika pode ter um impacto significativo no feto
em desenvolvimento", acrescentou.
O zika é transmitido
principalmente através da picada do mosquito infectado, mas também por contato
sexual.
Existe pelo menos um caso
conhecido de uma mulher que infectou o seu parceiro, e foram registrados vários
casos em que os homens transmitiram o vírus durante o sexo para parceiros
masculinos e femininos.
O zika pode permanecer no
sêmen por até seis meses, de acordo com um estudo recente.
A infecção pelo zika é
particularmente perigosa para as mulheres grávidas, visto que o vírus pode
causar malformações congênitas em fetos em desenvolvimento, como a
microcefalia.
Autoridades de vários países
recomendam que as mulheres grávidas que vivem ou viajam para áreas com
transmissão ativa do zika usem preservativos ou se abstenham de sexo.
Fonte: Yahoo
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